9 de dez. de 2013

Melhores Discos de 2013

Salve amigos, faz tempo mas estamos de volta. Neste post comentarei brevemente sobre os discos que mais ouvi e os que mais chamaram a minha atenção neste ano de 2013. Ao contrário de muitas listas, essas são bandas que eu realmente ouvi, não esperem por bandas revolucionárias nem hipsters pretensiosos encharcados de reverb.

#10 - Counterparts - The Difference Between Hell And Home
Provavelmente o melhor disco de 'Hardcore' moderno que ouvi em 2013. Moderno por mesclar post-hardcore, metalcore, hardcore melodico e outros sub-generos de uma maneira incrivel e bem fluida. Agressivo e com letras honestas que impactam facilmente novos fãs. A produção é a mais limpa da discografia da banda e facilmente o som mais pesado.


#9 - Chunk! No, Captain Chunk! - Pardon My French

Os Franceses do Chunk são meus favoritos desde o lançamento do seu antigo Ep e nesse segundo LP o som continua maroto. Talvez com mais peso, mais breakdowns e letras mais animadas/motivadas. Mas ainda assim reciclando a formula antiga de fazer um easycore com afinação escrotamente baixa criando uma certa contradição. Um som feliz e grudendo mas com peso de Meshuggah, ouvi por meses a fio.


#8 - Protest The Hero - Volition

Protest The Hero já é conhecida por ser uma banda incrivelmente virtuosa, mas neste novo trabalho que foi financiado por fãs, foi provado que um som progressivo pode se renovar e soar cada vez mais moderno e imprevisivel. É o disco com o melhor som de guitarras da discografia da banda, e também conta com o batera do Lamb of God que segurou as pontas de boas. Talvez não seja o melhor disco da carreira mas é um dos mais grudendos.



#7 - Bad Religion - True North

Uma banda clássica que não se renova, apenas lançam disco após disco fazendo o que sabem fazer direito. Assim que eu via o Bad Religion nos ultimos 5, 6 anos. Discos medianos, tentando soar modernos ou comerciais demais e sem energia. True North me deixou tão satisfeito que rapidamente entrou na lista de melhores discos do Bad Religion, energia pura, som simples e muito bem gravado. Destaque pros solos onde você percebe que a banda já chegou num nivel bem superior ao velho punk rock/ hardcore de poucas notas, mas mesmo assim mantém a formula sem soar cansativa.



#6 - A Day To Remember - Commom Courtesy
Após 3 longos anos brigando com a maldita Victory Records, finalmente um novo disco do ADTR viu a luz do dia. Gravado, produzido e lançado pela própria banda, Commom Courtesy pode ser considerado uma vitória dos rapazes. Longe de ser o melhor, longe de ser algo novo. Apenas é competente, divertido e bem escrito. Definitivamente uma banda que merecia um espaço maior no mainstream, ou talvez seja melhor manter assim.


#5 - Bring Me The Horizon - Sempiternal

Falem o que quiser, é horrivel ao vivo, breakdowns infinitos, banda de meninas etc. Semptiternal trouxe algo que talvez nem a própria banda possa reproduzir direito ao vivo, ou em outro album. Menos peso, mais melodia e passagens tranquilas no meio de músicas pesadas. Produção épica, junção perfeita de guitarras e eletronicos num som quase post-rock sem deixar de lado o que sempre puxou os fãs mais jovens. O disco foi produzido por Terry Date, que eu conheço por ter gravado quase todos os discos do Deftones e talvez por isso eu já esperava algo especial.



#4 - Norma Jean - Wrongdoers

O melhor deles desde o Redeemer (2006). Energia pura, caos, destruição. Mas também tem melodia pra puxar a galera que não curte tanta caoticagem. Uns falam que Converge é melhor, já considero babaca a tentativa de comparar as duas bandas sendo elas bem diferentes. Enfim, uma banda que provavelmente vai acabar nos próximos anos mas que eu vou lembrar pra sempre neste disco como sendo o auge.
The noise ain't noise anymore, who's to blame?


#3 - Queens Of The Stone Age - ...Like Clockwork

Josh Homme é uma entidade do rock, você summona ele e seu disco fica incrivel. Eu poderia colocar vocês pra dormir só de comentar cada timbre de cada som de cada música nesse disco, mas não vou. Melhor dizer que não é o mais pesado, mas porque ter peso quando tu pode ter o Dave Grohl, Trent Reznor e até o Elton John no seu disco só pelo prazer da coisa?... porra né? até pega mal jogar esse album mais pra baixo.




#2 - Nine Inch Nails - Hesitation Marks
(4 capas? Lógico! Trent sendo Trent..)
Trent Reznor > Seres humanos. Sacanagem, não curto quem mistifica astros da música e seus comportamentos excêntricos. Mas o Trent.... ah o Trent. O cara controla cada pequeno detalhe, cada som de glitch ou piscada que o palco faz nos shows. Tudo, tudo, tudo ele comanda até ficar perfeito na cabeça dele e que depois passa a fazer sentido na nossa cabeça também. Eu não esperava pelo Hesitation e parece que o mundo inteiro também não, já que o Trent resolveu fazer musicas do NIN pra mulher dele cantar lá no How to Destroy Angels que não passou de um disco competente.
O disco... bem no inicio você vai sentir falta das guitarras do With Teeth, mas no final você sai considerando que esse album tem o som eletrônico/rock/insiramaissubgenerosaqui , mais foda de 2013. Numa era regada a Dubstep e canções pop com levadinhas trance/house mequetrefes de boates, um novo do NIN veio bem como uma luva molhada... tu já usou uma luva molhada?


#1 - The Ocean - Pelagial

Ok, vamos por partes. É um disco conceitual onde na primeira música você está na superficie do mar e na ultima você está na parte mais profunda do oceano conhecida pelo homem. Firmeza? ok, esse é o conceito musical do disco. O som vai progredindo da música mais leve, suave e melódica e vai indo até o inferno, estupro auditivo, conforme chega no final.

Quanto as letras, elas foram baseadas diretamente no filme cult de ficção ciêntifica sem efeitos especiais, aliens de borracha e nem naves "Stalker" (1979) do diretor russo Andrei Tarkovsky, que por acaso aborda um tema parecido onde os personagens adentram num local onde supostamente um ovni caiu e que após isso, o local, passou a realizar os desejos mais profundos de quem consegue ir até lá. Enfim, aconselho com força que assistam o filme antes de ouvir o album, é bem parado, com takes longos de cidades e florestas. Mas possui um texto incrível e filosófico sobre a mente humana e suas vontades.

Voltando pro som, porra. Vai de black metal a progressivo, de baladas semi-radiofônicas até um sludge/doom/post-qualquer coisa que soa incrível pra você. Disco perfeito que saiu tanto na versão com voz, quanto na versão instrumental para os amantes de mini-detalhes ocultos. Discão, sem clipe foda recheado de 3D mas que vai me fazer lembrar de 2013 pra sempre. Abraço.
Melhor música de 2013, PRA MIM. 

Outros discos que eu ouvi bastante, são ótimos e que ficaram de fora da lista por motivos alheios.

Carcass - Surgical Steel
CHVRCHES - The Bones Of What You Believe
Cloudkicker - Subsume
Coldrain - The Revelation
Emicida - O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui
James Blake - Overgrown
Kvelertak - Meir 
Pretty Lights - A Color Map Of The Sun
Riddle - SONORITY
Scalene - Real / Surreal
The Dillinger Escape Plan - One of Us Is the Killer
Tristania - Darkest White

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